Me perguntam com frequência se a ocorrência é 'boa' ou 'se teria chance' na comissão de promoção, respondo:
1. Não existem ocorrências ruins, existem padrinhos fracos.
2. Não há padronização, há apadrinhamento.
Se a ocorrência for excelente e a sindicância for bem-feita, com base em fatos, documentos, individualização de conduta e precedentes da comissão de promoção (CPP), é possível que o Relator negue o mérito, desfavorecendo todo o contexto da sindicância.
A Comissão, por maioria de votos, pode decidir a favor e desconsiderar a posição do Relator, mas o contrário também pode ocorrer, sempre sem motivação (vai entender).
Caso seja o recurso negado, é possível apresentar outro recurso, com base na "resposta/motivação" recebida demonstrando a incongruência com decisões anteriores, sendo esse também negado, é possível recorrer novamente, solicitando a nulidade do ato da Comissão, embasado na má-fé administrativa em negar os precedentes.
Nesse caso, pode ser mais viável buscar o Poder Judiciário, utilizando os precedentes existentes e requerendo isonomia, já que há uma maior probabilidade de obter sucesso nessa via do que na esfera administrativa.
Nessas circunstâncias, os pedidos foram utilizados para gerar as "respostas/motivação" da comissão como prova de má-fé administrativa para ingresso no Poder Judiciário, utilizando os precedentes em cada caso e buscando a isonomia, o que pode ter uma chance maior de sucesso do que na via administrativa.
INTERFERÊNCIA EXTERNA, NÃO EXISTE!
Não, nunca! isso não existe!
São apenas boatos infundados e maldosos de quem teve o direito negado.
Mas vamos lá, se alguém disser que vai pedir ajuda a uma pessoa com influencia, vou fazer algumas perguntas:
1. O padrinho tem acesso direto ao governador?
Se tiver, não é questão de pedir, o governo não está nem aí para pedidos, simplesmente manda! Sabe como é, influência em alto nível! Manda quem pode, cumpre quem tem juízo!
Afinal, quem precisa de um processo justo quando se pode ter influencia politica, não é mesmo?
É bom ter contatos no topo, assim você pode pular todas aquelas formalidades chatas e obter resultados imediatos. É assim que funciona quando você está no alto da cadeia alimentar do poder. Influência é tudo!
2. será que ele tem acesso, conexões, amizade ou até mesmo "favores a receber" do alto comando?
Afinal, se o interessado tiver um bom poder de barganha ou crédito acumulado é o momento de cobrar.... Ah, nesse caso, as chances são de 50%! Temos que saber se esta disposto a gastar esse credito contigo!
É como jogar uma moeda para o alto e torcer para que ela caia do jeito certo. Quem precisa de critérios objetivos quando podemos deixar tudo na base do toma lá, dá cá? É assim que as coisas funcionam nas altas esferas.
Afinal, nada melhor do que trocar influência por benefícios pessoais.
3. Agora, e se o seu padrinho utilizar o seu cargo e influencia para obter acesso privilegiado ao alto comando?
No entanto, não se deixe enganar. Dissimulado, o comando pode encenar uma performance encantadora de deslumbramento, prometendo ajudar, oferecendo até tapinhas nas costas, afagos e cortesias para evitar conflitos. Mas, no final das contas, acaba negando e perseguindo impiedosamente o Praça!
Essa é uma situação interessante, a famosa cara e coragem, digna de aplausos pela audácia. No entanto, as chances de sucesso são mínimas, dependendo exclusivamente das habilidades de persuasão da autoridade em questão. É assistir um show de ilusionismo, só que político, onde promessas grandiosas são feitas, promessas de abrir as portas, fazer ligações, cargos e outras vantagens, um verdadeiro espetáculo de pirotecnia é criado.
Porém, não se deixe enganar, dissimulado, o comando pode encenar uma encantadora performance de deslumbramento, dizendo que vai ajudar, até mesmo com tapinhas nas costas, afagos e mesuras, para evitar conflitos. Mas no final das contas, nega e persegue impiedosamente o Praça!
É impressionante como o comando consegue desviar do seu próprio discurso sem sequer pestanejar. Afinal, para eles, cumprir com a palavra é um conceito estranho e a confiança é algo que não tem valor algum neste meio.
Podem prometer, mas cumprir é outra história. No fim das contas, eles simplesmente viram as costas sem nem pestanejar e deixam você como o verdadeiro MENTIROSO da história.
É incrível como a habilidade de contorcionismo moral é tão valorizada nesse ambiente.
É reconfortante saber que a coerência e a honra são tão estimadas nesse contexto, não é mesmo? Quem precisa de promessas cumpridas quando se pode desfrutar dos jogos políticos e da falta de integridade?
No entanto, é interessante observar que, se o interessado tiver uma influência considerável e estiver determinado a fazer as coisas acontecerem, quem sabe... talvez haja uma pequena esperança no horizonte.
Temos depoimentos de coronéis que corroboram essa vergonha!
Depoimento Coronel Jubé:
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[00:14:09] Coronel Jubé: Infelizmente na instituição, é uma circunstância que precisa ser revista, reavaliada, o formato da condução da avaliação, o que o que é ato de bravura. A legislação deixa muito vago o que seria isso, seria basicamente um mero, qualquer mero esforço que fosse além da obrigação natural exigida por qualquer policial militar, devido a sua função. Na pratica o que isso patrocina, na pratica nós dizemos que fica a mão de cada oficial avaliador ou do sindicante, depois que sai da não do sindicante com o parecer, a própria comissão, um membro da própria da comissão pode avocar e discordar totalmente do parecer de quem conduziu aquela apuração preliminar e dar um voto completamente divergente ou pela promoção por bravura ou pelo indeferimento da sugestão do parecer de forma que fica num caráter muito subjetivo do membro ou da comissão, principalmente que é composta por oficiais do ultimo posto essa subjetividade, né, e na pratica o que observamos e isso que vai muito do interesse do membro da comissão que avalia aquilo, se ele conhece o policial, trabalhou com o policial, ele vê com uns olhos, se ele nunca viu o policial, não teve contato com aquele operador da segurança publica, ele vê com outros olhos, ou seja, não temos uma parametrização, mesmo tendo casos e casos, é, semelhantes, casos em que um é promovido e caso que outro não é promovido, mesmo sendo semelhante, infelizmente nós ainda temos essa discrepância dentro da instituição.
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[00:16:00] Coronel Jubé: e nem, como existe no judiciário uma jurisprudência firmada, lá nem isso é considerado, mesmo tendo, um por exemplo que cito para o senhor, uma equipe faz um parto na rua, por exemplo, um dado oficial entende que foi bravo e extrapolou a obrigação do policial, temos casos assim em que equipes foram promovidas, e outra equipe faz outro parto na rua, o comandante as vezes entende ou membro da comissão que simplesmente, fez parte, e nem fez elogio se dá formalmente na ficha do policial, mesmo tendo já decisões administrativas, no mesmo sentido, falta realmente essa objetividade.
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[00:17:48] Coronel Jubé: Bom eu não acredito que isso vai mudar, se não começar a ser discutido ... é... diariamente! isso ai, tem que surgir esse assunto e ser um assunto prioritário na instituição e hoje não é! acho que essa realidade vai perdurar por alguns anos ainda.
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Depoimento Coronel Castilho:
[00:10:52] Promotor de Justiça: Coronel, e os policiais envolvidos teriam praticado esse fato em troca de quê?
[00:10:58] Coronel Castilho: Na verdade, há uma ... há uma subversão da hierarquia e disciplina que já vem acontecendo há algum tempo por conta da famigerada promoção por ato de bravura. Famigerada não porque ela é ruim, mas ela mal aplicada ela vira uma inversão da ordem da hierarquia e disciplina, que é pilar de qualquer instituição militar do mundo. E, e isso brilha nos olhos para quem quer uma progressão mais rápida na carreira. Então ...
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[00:15:27] Coronel Castilho: não, comentários a gente tem de tropa, a gente tem de oficiais potenciais planejadores que auxiliaram, ai de maneira mais indireta e oficiais omissos, eu reporto a isso ai ao Renato Bruno dos Santos, que era o comandante-geral da época, que uma logística dessa magnitude ai, é ... não ocorreria sem omissão do escalão superior da PM. Então, no mínimo, no mínimo, a omissão se flagra nesses eventos que culminaram é tanto no período de planejamento como no período no ato em si da execução do Fábio Escobar. Então, passa assim, é só verificar o que eram antes do crime em si e o que viraram depois do crime em si. Então, tem sim, conexão e eu atribuo isso, sem sombra de dúvida, ao comando da PM, que fechou os olhos para muita coisa errada que acontecia e, até hoje, vem acontecendo na instituição, principalmente com o que percorre ai, a subversão da hierarquia e disciplina da instituição, da ... forma vulgar que vem sendo tratado o instituto da promoção com ato de bravura e o que expõe atiça à vontade do policial militar, que é uma progressão na carreira, pelo caminho às vezes mais curto. E expõe a instituição, principalmente, quando aparecem as reais ocorrências e essas ocorrências são colocadas em questionamento por investigações, órgãos legais, a própria imprensa e cai ... acaba caindo na vala comum. Então, estou vendo a instituição se definhando, definhando a credibilidade no sistema jurídico criminal, sendo alvo de questionamentos por autoridades públicas, pelo próprio público, pelo próprio público interno da instituição, é sendo, sendo passadas a limpos em muitos casos pontuais e, realmente, vendo que a instituição, muitas vezes, está sendo utilizada, é de forma institucional e para cometimento de crimes.
MORAL DA HISTÓRIA:
Para aqueles que ainda não conseguiram captar a essência da PMGO, permitam-me iluminar o caminho e revelar a moral da história: se você não conhece essa instituição, é porque ainda não compreende a quão peculiar e inusitada ela pode ser!
Na PMGO, a arte da negociação atinge níveis extraordinários. Você pode ter certeza de que um lado não cumprirá o acordo, deixando-o com promessas vazias e uma coleção garantida de decepções.
É um verdadeiro espetáculo de manobras políticas habilidosas, onde a desigualdade se torna a protagonista do enredo.
É como entrar em um universo paralelo, cheio de reviravoltas e surpresas a cada esquina.
Nesse mundo mágico, a lógica e a justiça são rapidamente deixadas de lado para dar lugar ao jogo das influências. É como se estivéssemos em uma história de ficção, onde as palavras perdem todo o seu significado quando saem da boca dos envolvidos.
Transparência? Quem precisa dela quando se pode desfrutar de uma boa dose de mistério, mentiras, intrigas e fofocas? Afinal, na PMGO, a verdade é um conceito maleável, moldado de acordo com os interesses e conveniências do momento.
Nesse jogo político de aparências, promessas vazias são lançadas ao vento, enquanto a verdade e a integridade são descartadas sem cerimônia. É como se estivessem brincando de esconde-esconde com a confiança dos outros, sempre encontrando uma maneira de escapar impunes.
E não se engane, pois quando você espera que cumpram o que foi dito, é quando a realidade cruel se manifesta. Afinal, para eles, a palavra empenhada é apenas uma moeda de troca descartável, e sua decepção é meramente um detalhe insignificante.
Portanto, não se surpreenda quando se tornar o bode expiatório, o alvo das acusações de mentira. Afinal, nesse mundo de trapaças e jogadas sujas, aqueles que se recusam a seguir a dança da hipocrisia são rapidamente rotulados como os vilões da história.
No final das contas, é uma lição valiosa aprender que confiar cegamente naqueles que fazem promessas vazias é um jogo perigoso. É melhor manter os olhos abertos, questionar as intenções e nunca perder de vista a verdade por trás das máscaras políticas.
Portanto, se você está prestes a adentrar nesse universo encantado chamado PMGO, esteja preparado para mergulhar em um mar de ambiguidades e desafios. É um lugar onde a realidade pode parecer surreal e onde os valores éticos podem ser facilmente distorcidos.
Que essa lição sirva como um lembrete para manter-se alerta e consciente das complexidades que permeiam essa instituição. Afinal, na PMGO, tudo é possível, desde os cenários mais improváveis até as reviravoltas mais inesperadas.
QUEM NUNCA PASSOU POR QUALQUER SITUAÇÃO DESSAS?
Rogério Pires Goulart – Cidadão Goiano
(62) 99686-6037 – Whatsapp
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